Tabajara Assumpção canta São
Paulo a seu modo no CD ‘SampaSamba’
“Com influência de bossa, samba jazz,
samba rock e outras variações, Tabajara usa sua voz metálica para defender
melodias bem conduzidas” – jornal Estado de Minas
O cantor e compositor
Tabajara Assumpção deu o título ao seu segundo disco, de SampaSamba
(www.tratore.com.br). Ao mesmo tempo que afirma que São Paulo também tem samba, homenageia
a poesia concreta, movimento que nasceu na capital paulista nos anos 1950. O
samba de Tabajara não tem nada de tradicional. É música de quem vive nesta
megalópole e para quem a antropofagia cultural mais que uma atitude, é uma
necessidade. Ele define: “Não sou um sambista, mas um músico sem nenhuma
especialidade de estilo. Gosto de todos e procuro misturar o que a inspiração
manda”.
Acompanhado de banda
formada por Marcelo Castilho (piano), Vinicius Almeida (baixo), Alan neto
(bateria) e Vitor da Trindade (percussão), Tabajara, que toca violão em todas
as faixas do álbum, mixa samba com funk na suingante Negae música cubana
em On line. A faixa Eu, Ela e a Cidade tem inspiração no
jazz. Maria Paula é dedicada a uma musa inspiradora, com
toques de samba-rock.
Também professor de música, com formação erudita, Tabajara Assumpção fez opção pela música popular. Estudou canto lírico com o renomado barítono Caio Ferraz. Tinha potência e extensão de voz (barítono) para tornar-se cantor de ópera mas, envolvido com a música popular, dedicou-se a estudar harmonia e improvisação. Uma de suas identificações é com o som produzido pelo movimento Vanguarda Paulista, de Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e Premê, no final dos anos 1970. Lançou o primeiro CD Spray no Ouvido em 1998. Neste trabalho já misturava ritmos e estilos, do reggae ao funk, passando por rap, jazz e samba.
Parelelo à música,
cursou Filosofia na PUC-SP, nos anos 1980. Na escola compôs a premiada trilha
sonora da peça Lusíadas or not Lusíadas de Bráulio Mantovani,
reconhecido roteirista do filme Tropa de Elite, que era seu colega de
turma. Outra de suas atividades marcantes foi, a convite do filósofo e
terapeuta Peter Paul Pelbart, criar uma Oficina de Música para pacientes
psiquiátricos do Hospital Dia A Casa, instituição com proposta inovadora no
tratamento, na qual permaneceu por cinco anos. Curioso é que a produção do
filme Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky, foi buscar integrantes
para o seu elenco nessas turmas.
O futebol é tema de
uma das músicas, Samba e Futebol. Ele explica: “Meu pai foi jogador
profissional no Nacional, que hoje está extinto. Teve uma contusão e parou.
Torço pelo Palmeiras por causa dele. Acho que é no futebol que o brasileiro
mostra, genuinamente sua malícia, originalidade e capacidade de improviso. E
foi pelo samba e pelo futebol que o mundo começou a olhar para o Brasil
enquanto ainda não tínhamos a visibilidade internacional que temos hoje. Me
orgulho de sermos os melhores do mundo”.
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