domingo, 9 de junho de 2013

Entrevista de Tato Mahfuz no Tons do Brasil da Radio Difusora Jundiaí 810


Guitarrista Tato Mahfuz lança CD Cá entre nós
 
Álbum instrumental produzido por Tato Mahfuz, tem participação de Sizão Machado, Celso Pixinga, Jarbas Barbosa,Marcelo Maita, Cuca Teixeira e outros
 
“Bom álbum livre de rótulos, juntando grandes músicos pelo prazer de tocar. De timbres e intenções variadas, o clima jazzy impera nas conversas de Tato Mahfuz” Site Ziriguidum (RJ).
 
Mais que um disco, o terceiro álbum do violonista, guitarrista e arranjador Tato Mahfuz é uma conversa musical entre amigos. Por isso, ele o batizou apropriadamente de Cá entre nós (www.tratore.com.br). São dez composições, todas autorais, algumas com participações de músicos como Sizão Machado, Celso Pixinga, Edmundo Cassis e Cuca Teixeira. O título também pode significar a vontade de proximidade com o ouvinte como diz o paulistano Tato, “meu objetivo é propiciar bons momentos ao ouvinte, uma coisa particular entre eu e ele. E nesse sentido, o meu ouvinte mais crítico sou eu mesmo. Cá entre nós, espero que esses ouvintes gostem”.
As composições possuem títulos sugestivos, Mil tons é inspirada no famoso compositor mineiro e o arranjo, na obra de Moacir Santos, como explica Mahfuz: “Além de ser fã de Milton, a música também tem uma modulação de dois tons, que foi de onde veio o título. Impressões de um rio foi feita pensando nas coisas lindas que o pianista norte-americano Bill Evans compôs. Canal 100 é meio obvio para minha geração, é o nome de cine-jornal, que passava antes dos filmes nos cinemas, nos anos 70 e 80. A música quer sugerir isso, maracanã lotado, dia de sol, Fla-Flu, um lance meio João Bosco”.        

Tato é advogado e segue na paralela com as duas profissões. Se considera autodidata mas em um período da vida estudou no Clam, a escola paulista dos integrantes do Zimbo Trio e entre seus professores estavam Ulisses Rocha, André Geraissati e Nico Assumpcão. Cita entre suas referências bandas de rock como Beatles e Genesis, além dos guitarristas Pat Metheny, Pat Martino e John Scofield. Brasileiros também entram na lista, entre eles, Egberto Gismonti, Toninho Horta, Dori Caymmi, João Bosco, Edu Lobo, Clube da Esquina e Tom Jobim.
O primeiro disco de Tato Mahfuz foi lançado em 1991, Rumo Norte, e lhe rendeu o Prêmio Sharp de Revelação Instrumental. Intitulado 24h, o segundo trabalho, é de 1995. A distância entre esses discos e o novo é explicado por ele: “Como advogado tenho uma carreira no mundo executivo. E gosto muito do que faço. Conciliar as duas carreiras não é tão simples. Apesar do longo tempo para lançar um CD, nunca parei de trabalhar com música. Tenho um grande material para futuras gravações”.

O que difere Cá entre nós dos álbuns anteriores: “Mais ênfase na música brasileira. Talvez em função de ter viajado pelo Brasil nos últimos 10 anos. E uma evolução natural também, já que cresci ouvindo Beatles e só depois fui despertar para a música brasileira. Além disso, tem a questão da tecnologia no mundo da música que possibilitou um trabalho com arranjos e timbres marcantes, com cordas e metais, por exemplo, sem que fosse necessário uma orquestra real no estúdio o que, provavelmente, inviabilizaria o trabalho. Outro aspecto é que neste disco há muito mais um trabalho de violão do que de guitarra e isso acaba refletindo nas composicões e arranjos”.   

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