sábado, 26 de julho de 2014

Shirley Espíndola recebe Patrícia Bastos no Tons do Brasil.

Dante Ozzetti e Patricia Bastos em dose dupla na grande noite
da nomeação do Prêmio da Música Brasileira 2014. 

Melhor Cantora e Melhor Disco 'Zulusa', na categoria regional do Prêmio da Música Brasileira 2014, Patrícia Bastos faz turnê para divulgar esse trabalho


Zuluza - Patricia Bastos 
Dante Ozetti e Patrícia Bastos
 Álbum faz ponte musical entre o Amapá e São Paulo e tem produção de Dante Ozzetti e Du Moreira, músicas de Luiz Tatit, Vitor Ramil, Guinga e outros, e participação do Trio Manari


O CD Zulusa, da cantora amapaense Patrícia Bastos, num curto espaço de tempo venceu o Prêmio da Música Brasileira, categoria regional, Melhor Cantora e Melhor Disco, e foi escolhido entre 100 selecionados  como o Melhor Disco de Música Brasileira pelo prestigiado site Embrulhador. As características singulares do álbum o credenciam para tanto. É música brasileira que desbrava caminhos.
Gravado entre Belém e São Paulo, Zulusa mistura em suas 14 faixas ritmos do Norte do Brasil, como marabaixo, zoulk e guitarrada, habilmente tocados pelo grupo de percussão paraense Trio Manari. Em S. Paulo, algumas dessas gravações foram processadas em computador e adquiriu novos timbres, o que dá ao trabalho um caráter contemporâneo, que extrapola limites geográficos. O título Zulusa funde a palavra zulus, referência ao povo da nação africana, aos lusitanos, nossos patrícios, e ainda aos índios, a origem ancestral do povo amapaense, inclusive o da cantora.

Nos estúdios da Difusora Pan Sat durante a entrevista

 A parte paulista desse encontro ficou nas hábeis mãos do compositor e instrumentista Dante Ozzetti e do baixista Du Moreira, produtores do álbum. Dante é figura reconhecida no meio musical brasileiro como músico,  arranjador e produtor de vários discos, principalmente os da cantora Ná Ozzetti. Moreira, que também é integrante do Bojo, grupo de características eletrônicas, tem carreira ligada a um pessoal da vanguarda de São Paulo.
Zulusa é o quinto disco de Patrícia, reúne artistas regionais importantes: o poeta e letrista Joãozinho Gomes, o compositor Ronaldo Silva, de intensa atividade na preservação da cultura nortista, o mestre Manoel Cordeiro e seu filho Felipe Cordeiro, e nomes conhecidos nacionalmente como Luiz Tatit, do grupo Rumo (autor do cacicó Causou, em parceria com Dante); os cariocas Guinga e Paulo César Pinheiro (com Ribeirinho, composta nos anos 1980 mas nunca gravada e agora interpretada com a riqueza do piano de Heloísa Fernandes); o gaúcho Vitor Ramil (junto com Ricardo Corona no fado Miss Tempestade). A produção do disco durou um ano e algumas músicas foram feitas especialmente para o projeto como, por exemplo, u amasso e u dubradú de Dante e Joãozinho Gomes.



Dante Ozzetti, Shirley Espíndola e Patrícia Bastos


Nascida em Macapá, ao norte do Brasil, Patrícia Bastos herdou da mãe a paixão pela música. A vocação musical foi descoberta ainda criança, quando ganhou diversos festivais locais. Fez parte do coral Vozes do Amapá e, aos 17 anos, já profissional, atuou ao lado de nomes conhecidos da cena amapaense como Zé Miguel, Osmar Jr. e Vanildo Leal. Tem mais quatro álbuns lançados Pólvora e Fogo (2002), In Concert (2004), Sobre tudo (2007) e Eu sou cabocla (2009).
Patrícia destaca-se por sua afinação e timbre delicado. Já se apresentou ao lado de Lô Borges, Boca Livre, Leci Brandão, Vitor Ramil, Nilson Chaves e outros. Em 2010, através do SESC, percorreu a Amazônia Legal com o show Timbres e Temperos com o músico e compositor Enrico Di Miceli e o poeta Joãozinho Gomes, sob direção de Dante Ozzetti. Seu disco Eu Sou Caboca (2009) foi selecionado, em 2011, para apresentação no projeto Rumos Itaú Cultural, em S. Paulo e ganhou registro em DVD.





Patrícia Bastos

Dante Ozzetti, Shirley Espíndola e Patrícia Bastos 



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